Universo paralelo, parte I

Infelizmente, dessa vez não dá pra dizer que "não sei porque isso está acontecendo comigo", como em todas as outras vezes. E eu não sei se é mais cruel passar horas perscrutando as causas de minhas aflições ou ruminando essas mesmas causas, em uma busca desesperada de um perdão. É que tem coisas na vida que simplesmente são imperdoáveis, e essa descoberta pode ser uma das mais dolorosas de sua vida. Cuidado para não cometer erros desse tipo.

Mas acho que é justamente porque meu erro é tão imperdoável que encontrei, de alguma forma, um meio de me conformar com ele. Não vou esquecê-lo, nem tampouco sei se conseguirei me perdoar um dia, mas vou levando a vida de um modo surpreendentemente leve e fácil. Eu nunca tinha conseguido acreditar nessa história de que, às vezes, o cérebro procura bloquear lembranças dolorosas, mas começo a acreditar que isso esteja acontecendo comigo. Só em alguns lapsos, em alguns momentos rápidos, nos quais é inevitável o fluxo negativo de devaneios, relembro o quanto minha vida continua pelo avesso, mais que em qualquer outro momento de minha "história", se é que tenho alguma.

Talvez por querer me sentir menos culpada, às vezes encontro motivos pelos quais eu poderia me perdoar. Afinal, eu finalmente agi. Eu fiz alguma coisa. Não fiquei mais naquela posição frustrante, passiva, submissa. Eu lutei, como sempre sonhei em fazer, pelo que eu acho que é certo, e continuo convicta dos motivos que me levaram a fazer o que fiz. Eu faria tudo de novo. Posso ter errado no jeito que levei as coisas, mas eu não poderia esperar nada excepcional, quando foi minha primeira tentativa. É, tentativa, fazer o quê. Eu tentei, falhei de um jeito irreversível, estou arcando e vou arcar com várias conseqüências, mas acho que dessa vez aprendi. Eu ainda estou disposta - provavelmente mais que nunca - a batalhar por meus valores, já sei melhor (porém não completamente) a forma como eu posso lidar com isso.

Nem sempre consigo de fato aceitar esse raciocínio. Ou existe algo de realmente errado nele, ou é apenas minha culpa que não me permite encontrar saídas. E como é morbidamente desgastante refletir sobre isso, meu cérebro simplesmente voa para outros mundos, outras histórias, outras pessoas. Ultimamente, se paro para pensar em mim mesma, é para me sentir mal. Então, por que perder tempo com isso? Eu me perco, isso sim, em histórias, personagens que criei ou conheci, uso minha imaginação para o que é útil e para o que não é, e assim fujo da realidade, vou pra bem longe dela - já que não posso, fisicamente, realizar esse desejo.

Só tenho medo do quão grande vai ser minha queda, quando eu for obrigada a voltar e encarar os fatos.

De pernas para o ar


Eu sempre me perguntei onde estava o manual de instruções para controlar ataques histéricos.


Perdoem-me se não sei falar de meus dramas pessoais de forma poética, ritmada, bonita. Parece que tudo que faço é assim, no cru, exposto, explícito demais, tão explícito que chega a ser complexo, ao menos a ponto de não ser totalmente compreensível.

A gente se decepciona com os outros com freqüência, e isso nos deixa frustrados, mas a frustração consigo mesmo é a pior de todas. Em um momento, temos plena certeza de que somos capazes, que poderemos mudar as coisas. No outro, está tudo cagado, sua vida virou de cabeça para baixo, talvez irreversivelmente, simplesmente porque você se precipitou, você não pensou, você, afinal, não tinha auto-controle. Por favor, definam-me o que bosta é auto-controle, porque eu achava que sabia o que é isso, mas, definitivamente, não sabia. Respondam-me antes que eu acabe morrendo de minha ignorância infinita.

Seria mais simples se eu fosse um Sim. Era só um desocupado clicar na minha cabeça e mandar eu estudar "controle de raiva" e "felicidade duradoura", e pronto, estava tudo resolvido. Em cinco minutos, eu estava protegida de fazer merdas. Mas parece que não é assim, né. Que pena.

私の家族

Às vezes cansa, sabe. Não é que eu seja uma adolescente revoltadinha, já passei dessa fase, mas cansa não poder ter liberdade, sentir-se monitorado o tempo inteiro. Eu concordo com você, mesmo sabendo que você nunca vai ler isso, mesmo sabendo que vai piorar, que estão cagando com tudo ainda mais, neste exato momento. Eu realmente entendo sua revolta, sua raiva. Mas eu tento chegar perto, e você não deixa, age como se me odiasse. E, sabe, pela primeira vez, percebi como isso me dói. Não queria que você me visse assim. Mas acho que não tem jeito, né? Eu devo ter errado, talvez você tenha razões para me odiar, mas eu só queria que soubesse que eu queria estar próxima agora, para te ajudar. Eu te vejo meter os pés pelas mãos, mentir para disfarçar os erros, cometer os mesmos enganos que eu mesma cometi, mas não posso te alcançar, você não quer. Desde quando? Desde quando existe essa barreira, essa muralha entre nós? Não era assim. Eu gostaria de ter perdido perdão na hora certa, e talvez você hoje fosse próximo a mim como já foi antes. Mas eu era uma idiota. Eu sou ainda uma idiota, acho. Eu fui egoísta e atribuí sua solidão a uma fase, a um momento, como se um dia, por um passe de mágica, você fosse “enxergar a verdade” e se redimir, e como se eu soubesse sobre essa tal verdade. Mas piorou, não foi? Você tem raiva de mim, não é? E acho que foi minha culpa. Eu fui covarde, não agi na hora certa, e agora só posso soltar lamúrias em um blog idiota, cuja existência você desconhece. Que tipo de parente eu sou? Que tipo de parente...

O fato é que quatro paredes, por mais tempo que tentemos, não trazem mais proteção, privacidade. Você tenta conseguir isso, então, em outro mundo, mas eles são diferentes. Eles também conhecem esse mundo, e sabem que você faz parte dele, monitoram por todos os lados. Você tenta se esquivar, mas não consegue. Então, isola-se ainda mais, e a revolta, a raiva, só cresce. Eles não fazem por mal. Nós não fazemos por mal. Só não sabemos como chegar perto. Bem, você fez de tudo para que não soubéssemos, não foi? Eu só queria te conhecer, ser sua amiga. Chega a ser divertido, para mim, descobrir detalhes sobre você. Contudo, isso só te parece mais um importúnio, eu sou apenas mais uma chata pegando no seu pé.

Não vou mentir dizendo que não tenho raiva. Que não te acho um machista e idiota, muitas vezes. Que não detesto essa sua mania de só tratar bem quem se encaixa nos seus padrões preconcebidos. Que não sinto vontade de te sacudir e dizer “ei! Você não é o melhor do mundo, e eu não sou nenhuma retardada!” (e eu devia ter feito isso). Porém, sei também que você é gentil, que você é bondoso como poucos que conheço. Você não tem idéia do quanto te admiro, do quanto gostaria de ser como você, em alguns aspectos. E de que adianta falar isso? De nada, de nada. Só palavras vomitadas ao acaso. Eu sou só uma “burra”, não é? Uma menininha mimada, alienada, hipócrita, de pensamentos curtos e boca de fossa. Eis o que sou, em sua cabeça. Bem, gostaria de dizer que não sou perfeita, mas não sou igual ao modelo que você santificou. Sinto muito.

Eu sinto sua revolta, e sinto sua dor, e já sofri com isso muito mais que você imagina, mas estou aqui. Não posso impedi-los, nem vou bater o pé. Simplesmente acabou, e você tem que se conformar com isso. O que você quer? Impedi-los de viver, só em nome de suas vontades? Que eles não se interessem, não se sintam curiosos pelas próprias crianças que trouxeram ao mundo e criaram durante toda a vida, com todo o sofrimento e sacrifício por que passaram? Cresça. Aprenda de uma vez que você é só uma criança. Uma criança que foi superestimada, ganhou confiança demais, e agora age como adulto, sem ser.


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Simplesmente ignorem isso. Só precisei desabafar, por falta de opção. Este é o único lugar seguro que ainda disponho, o único lugar em que ainda não sou vigiada. O post verdadeiro dessa semana está logo abaixo.

O fim do feminismo?

Saímos nas bancas, quando temos tempo para isso, para procurar por qualquer coisa interessante. Pessoas engajadas na política provavelmente escolherão uma Istoé, uma Veja, etc. Homens com menos cérebro procurarão por uma Playboy. Otakus e parecidos procurarão por mangás, quadrinhos. Mulheres procuram por uma Nova, uma Marie Claire, às vezes convictas de que estão manifestando sua emancipação na sociedade, sua equiparação ao homem, sua liberdade. Ah, que ilusão boba. É sobre essas mulheres que falo hoje. Mal sabem elas que, talvez mais que nunca, estão assumindo os mesmos papéis esteriotipados que lhes impuseram séculos antes. E depois dizem que o feminismo acabou. Talvez tenha acabado, mas não deveria, porque ainda é necessário, e com urgência. Sob uma máscara de “igualdade”, as mulheres estão aceitando a discriminação caladas, estão elas mesmas contribuindo para seu rebaixamento na sociedade.

A mulher é vista por ela mesma como objeto sexual, concorda com isso a partir do momento em que quer seguir essas “regras”. Na revista, aplausos ao comentário grosseiro de Jorge Amado: "uma mulher pode ser feia de aparência, pior de formas, mas se a boca do corpo for de chupeta, trata-se de diamante puro”. Ah, como é admirável e singela a descoberta: a mulher é uma vagina. Simples, né? O filme Perfume de Mulher, com título pretensamente elogioso a nosso gênero, é o mesmo em que Al Pacino tenta explicar seu amor às mulheres falando de todas as partes no corpo delas que o excitam, por fim declarando que só há uma palavra no mundo, “xota”. Lindo, não é? E é mais revoltante porque nós achamos isso normal, rimos desse fato deprimente. Nas revistas, dicas de ousadias sexuais, até mesmo técnicas para proporcionar mais prazer (a ELE), e todos os tipos de depravações que traduzem ainda mais claramente a visão global de que a mulher está presa a seu corpo, assim como o homem.

Nos anúncios, estão implícitas as alusões à subordinação feminina, a seu papel como dona do lar. Os temas das reportagens para mulheres? Consumo, beleza, moda, cozinha e casa, família, sexo, homens. Parece que não temos capacidade de falar em política, em religião, sociedade, literatura, tecnologia... O comportamento ideal feminino aparentemente gira em torno das palavras: sedução, maternidade, submissão, altruísmo, abnegação. A mulher de verdade, para Adélia Prado, é aquela que sabe dizer “sim”, que sabe se curvar. Essa ilustríssima autora (que declara se sentir como “homem” quando escreve, pois vê a criatividade como um atributo masculino), tão célebre em seus discursos feministas quanto Jorge Amado o foi no trecho citado, tem “vergonha” dos direitos da mulher, acredita que eles a inferiorizam, enquanto ser humano. Bem, acho que esses mesmos direitos não são nada, enquanto instrumento de “inferiorização”, frente a uma mentalidade como a dela. Ah, mas não tenho pretensão de criticar esses dois autores. Eles não são nada, quando há tantos outros, cuja reputação sempre relembram. Freud, Rousseau, Hegel, Lombroso, Nietzsche, Schopenhauer... a lista é interminável. É claro que o machismo está enraizado em nossa cultura. É claro que não é fácil, mesmo para as mais esclarecidas das mulheres, libertar-se dessa ideologia. Mas aceitar passivamente tudo isso já é o extremo oposto. Mesmo que seja difícil, e mesmo que não obtenhamos o total sucesso, é preciso ao menos tentar. Feminismo não é coisa de lésbica, de mulher mal-amada. Feminismo é coisa de mulher que realmente deseja a independência, que deseja se libertar finalmente do homem que ainda limita e circunda seu mundo. Não acreditem que existe uma oposição entre o feminismo e o feminino, como insistem em pregar por aí. Não acreditem que ter atitudes libertárias é ser infeliz. É tudo retórica do discurso machista.

Não é tão fácil, também, porque visivelmente há uma grande repressão para com os homens. Eles têm que ser fortes, machões, viris, brutos, beberrões. Se não, são boiolas, gays, viados, frutas, bichas. Ainda assim, frente às mulheres, são superiores, ou pelo menos buscam por isso. Entre suas fantasias sexuais, a do estupro. A da mulher que de início diz “não” e depois não resiste ao “gostosão”. Mulher pra casar? Só as boazinhas, quietinhas, tímidas, naturais, sem “mania de independência”. Eles não querem ter dor de cabeça, né, afinal, são os guerreiros exaustos que chegam em casa para descansar, para encontrar a mesinha feita por sua mulher afetuosa. Ou escrava, melhor dizendo.

Os direitos da mulher podem ser, sim, discriminatórios, mas são necessários enquanto permanecer essa mentalidade. É para ensinar o bê-a-bá a quem ainda insiste em não aprender. E não acredito estar sendo contraditória (posto que sou contra a política de cotas), porque para mim a questão do gênero é mais complexa que a da cor (antes que eu seja mal interpretada, deixem-me apenas dizer que não acho que as cotas representam para os negros o mesmo que os direitos das mulheres, para elas. Só estou tentando me defender de possíveis acusações de contradição). É muito mais fácil, muito mais visível para a compreensão que a simples pigmentação não interfere de qualquer forma na capacidade intelectual, física, etc. Entre homens e mulheres, entretanto, há diferenças biológicas muito mais gritantes, e há também a relação íntima e complexa que desenvolvem, que de alguma forma contribuiu para construir essa idéia de “cada macaco no seu galho”. Não sei desde quando exatamente sobreveio o machismo, nem o motivo para isso, mas às vezes fico pensando que a a força física tenha sido fator determinante, se tudo ocorreu quando ainda vivíamos nas cavernas, etc. O homem descobriu que podia colocar medo nas mulheres, para subordiná-las, e também ameaçar seus inimigos, de modo que foi conquistando suas “propriedades”, aos poucos: sua terra, sua comida, sua(s) mulher(es), seus filhos.

E à medida em que se desenvolveu a sociedade, à medida em que a força física foi perdendo sua importância, o homem criou outras desculpas para justificar sua hegemonia, dentre elas a de que a mulher é um ser lascivo e incontrolável, que deve ser “domesticado”, de modo a alcançar uma espécie de santidade. (Vide Bíblia)

E voltamos aos nossos dias, tempos mais avançados, nos quais a mulher já alcançou a emancipação. Será mesmo? Ou continua tudo do jeito que era antes, mas sob outros disfarces? Eu acredito que seja o segundo caso.

De qualquer forma, o que me inspirou para falar sobre isso, hoje, foi esse texto:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392001000300010&lng=pt&nrm=iso#tx6

Eu só digo uma coisa. Muito provavelmente eu não conseguirei me libertar completamente do machismo arraigado em toda minha criação e crescimento, mas tem umas coisas que eu jamais vou admitir. Não vou colocar o sobrenomezinho de meu maridinho (se é que terei um, porque não faço a mínima questão) no meu, a não ser que ele aceite colocar também o MEU sobrenome no dele (HÁ! Eu quero só ver!). Não vou ser escrava dos pratos e do fogão, do tanque e da vassoura. Não vou engolir machismo: é divórcio NA HORA. Não vou me rebaixar para um macho alfa, não vou suprimir minha vontade só para cumprir minha “função social” do que quer que eu venha a ser como mulher: mãe, esposa, trabalhadora. Egoísmo? Que seja. Mas não vou me doar aos outros, perder meu tempo com essas coisas de família e casamento, não enquanto eu não alcançar o que quero de minha vida, meus “sonhos”, ou melhor, meus objetivos - o que certamente não envolve me enfurnar para sempre em uma casa e rastejar sozinha para cuidar dela.

(Foto: Maria da Penha)

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Enfim, depois do pseudo-momento-revolta, não tenho lá coisas muito frutíferas a dizer. Só que estou completamente f*dida na universidade, e que na verdade escrevi isso hoje para fugir das obrigações. Estou frustrada com minha dieta, portanto estou ansiosa para comer loucamente, e no momento enfrento um tédio interminável, porque não parece ter nada mais interessante em minha vida além da universidade. Até Naruto perdeu a graça, mesmo depois da melhorada que houve no capítulo 471. Sei lá, o mundo está cinza, muito sem-graça. Não sei quanto tempo isso vai durar.

...como uma pena


Aah, o alívio. Há dias em que estou convencida de que é a melhor sensação do mundo. Não é só por causa da alegria e leveza que ele traz, é também pela impressão de capacidade e pelo fim de todos os tipos de pesos que nos atormentavam, seja das obrigações, seja da consciência, enfim. Mas hoje minha sensação de alívio traz algo de diferente, porque não é como se eu realmente tivesse feito algo especial para isso. Não me livrei de nada, a não ser de duas provas, nas quais nem sequer me dei muito bem. Ainda assim, não consigo deixar de me sentir assim, leve, descompromissada, livre para fazer o que eu quiser. É como se, de repente, Murphy tenha me esquecido e tudo em minha vida tenha começado a dar certo, embora não seja bem isso. Vejam bem, se eu estivesse em outro tipo de fase, um monte de coisinhas que não saíram tão bem estariam a ser ruminadas e rerruminadas inúmeras vezes. Por exemplo, minha plena consciência de como me acham idiota por ser viciada em Naruto, ou por gostar de outras coisinhas não-tão-comuns. Mas sério, às vezes não me importo por ser idiota. Todos nós somos, um pouco, né. (Não se ofendam.)

E já que estamos falando em alegria, nada melhor que recomendar essa banda incrível, Camera Obscura. As músicas combinam totalmente com o clima que estou no momento. Sempre que as escuto, penso em algo como Londres, ou uma cidade fria, uma pub apertada (de preferência uma que sirva torta de blueberry u_u) com iluminação alaranjada... enfim, começam a me vir esses altos ambientes onde criar histórias (tem outros tipos de cenário que me aparecem, mas não saberia descrever bem, e, se, soubesse, teria preguiça). Uma amiga minha havia me passado duas músicas deles (“Lloyd, I’m Ready to be Heartbroken” e “Tears for Affairs”) há bastante tempo, mas só tinha ouvido uma vez, baixinho, num aparelho não muito legal, portanto não me impressionei muito. Aí, sexta-feira, no ônibus, enquanto viajava para Natal, escutei de novo, e não parei mais. Ontem, baixei a discografia deles, e deixo aqui os links para quem quiser, também. As músicas que citei são do “Let’s get out of this Country”. (Ainda queria aprender a colocar as imagens no lugar que quero, assim eu colocaria as capas dos álbuns.)



Camera Obscura - Biggest Bluest Hi-Fi (2001): download



Camera Obscura - Underachievers Please Try Harder (2004): download



Camera Obscura - Let’s Get out of this Country (2006): download



Camera Obscura - My Maudlin Career (2009): download




Semana passada, comprei e li os dois volumes de Local, de Brian Wood e Ryan Kelly. Uma das melhores histórias em quadrinhos que já li. É sobre uma garota que vai aprendendo o que é ser adulta com todas as cabeçadas que vai dando na vida, tendo sido ou não por culpa dela. Alguns capítulos são pesadíssimos, como o deprimente “Dois Irmãos”, outros são bem mais leves, como “O Namorado Polaróide”, e cada qual se passa em uma cidade dos Estados Unidos ou Canadá. De início não gostei muito dos desenhos de Ryan Kelly, mas depois me acostumei, e hoje adoro aqueles traços exagerados que ele faz, embora ninguém fique propriamente bonito com eles. Mas esse é um caso em que isso realmente não importa. Muitas vezes, o que vale mesmo são as expressões dos personagens. E também, quando o traço é muito irreal, fica sempre uma margem para a imaginação do leitor, portanto podemos achar bonitos quem nós quisermos, e não quem o desenho nos diz que é (isso acontece, no meu caso, com Naruto também, mas nevermind). Os comentários dos autores no final de cada capítulo são muito interessantes. É legal saber como eles fazem a história. Sem falar nas músicas que eles citam, para a trilha sonora de cada capítulo. Tem muita coisa que nunca ouvi falar, mas fiquei feliz por ver alguns nomes de bandas conhecidas, incluindo Camera Obscura, além de The Cure, Siouxsie & the Banshees, Bauhaus, Modest Mouse e Bloc Party.

Quanto aos outros livros/quadrinhos, não saí muito do canto, embora tenha avançado um pouco em Francine Prose. Comprei também “O Homem Proibido”, de Nelson Rodrigues, autor que vinha querendo conhecer há um tempo. Pelo que li na livraria, parecia um livro muito bom, mas depois minha mãe falou que Nelson Rodrigues tem fama por ser machista, e algumas histórias dele foram adaptadas para novelas (preconceito foda, oi). Tudo bem, isso não muda minha opinião sobre o livro, e eu tenho que conhecer antes de criticar, né. Also, peguei emprestado de minha avó um livro de Érico Veríssimo - outro autor sobre o qual estou curiosa – “Um Certo Capitão Rodrigo”, e outro de Guimarães Rosa (dispensa comentários), ”Noites do Sertão”. Agora é arranjar tempo pra ler tudo isso.

Bem, agora vocês já podem terminar de ler, se não estiverem dispostos a me ver falar de Naruto hiperativamente até o fim do post. Adeus, mosquitxas. Comentários lá em cima, em “moscas” (u_u).

Eu avisei.

Li os spoilers para o capítulo 469, e não poderia estar mais decepcionada. Ainda rezei para que fosse um spoiler fake, mas pelo jeito não é, já que tem imagem e tudo. Aí vai o trecho maldito, motivo de minha frustração:

Naruto: "O quê...?! O que você acabou de dizer, Sakura-chan?! Eu acho que não ouvi você, diga isso novamente."
Sakura: Como eu disse, Naruto, eu gosto/amo você! Sasuke-kun não quer dizer mais nada para mim! Eu não sei como eu poderia amar qualquer um como ele... eu estou confessando para você aqui, assim me escute.
Naruto: "Mas por quê ...? Como é que ...? Se você está brincando, então isto não é nada engraçado ... Sakura-chan .... mas... Que diabos aconteceu [para você ]...?"
Sakura: "Nada, realmente... Eu abri meus olhos... eu não preciso amar alguém que é um perdido e um criminoso, não é? Eu não vou ser uma criança para sempre. Eu vou encarar a realidade de frente. Então, Naruto... Eu não preciso de sua promessa nem de mais nada. Você não vai parar de perseguir Sasuke...?"
Yamato: "O que é..."
(Kakashi o pára.)
Naruto: "O que aconteceu [a você], Sakura-chan? Porque você tão de repente mudar sua opinião sobre mim..."
Sakura: "Eu estou te dizendo, eu não preciso mais disso! Eu me apaixonei por você, com todo meu coração, é esse o motivo".
(Naruto se lembra de uma cena onde Sakura amava Sasuke.)
(Sakura abraça Naruto.)
Kakashi: "Sakura, você..."
Sakura: "Eu apenas cresci além do Sasuke-kun... Você sempre esteve ao meu lado, Naruto. Você me animou e... eu percebi... como você realmente é. Você é um herói que protegeu a aldeia. Todos na aldeia o amam agora.... Acabei de tornar-me um deles ... Você era um “mischievous dead-last”... mas pouco a pouco você cresceu adorável e bonito... Você estava perto de mim, então eu vi isto. Mas Sasuke-kun continua cometendo crimes... isso parte meu coração... Ele se tornou alguém distante para mim".
Naruto: "..."
Sakura: "Naruto... Mas quando eu posso te tocar assim... eu me sinto em paz... Eu estou lhe dizendo isso do fundo do meu coração..."
Naruto: "Corta o papo furado, Sakura-chan... Eu disse que não posso rir de uma piada como essa."
Sakura: "Por que você está irritado...? Eu há pouco superei Sasuke-kun, isso é tudo. Coração de mulher é uma coisa estranha, não é?”
Naruto: "Eu... eu odeio pessoas que mentem para si mesmas!"
Fim.




Puta que pariu. Acho que isso aí já diz tudo. COMO A SAKURA É IDIOTA! Ela foi até o país do Ferro para ver se fazia algo para ajudar Naruto, para fazer ele se sentir melhor, e olha a bosta que ela faz. “Todo esse tempo, eu só venho cometendo erros. Não quero cometer mais um”. Pois conseguiu, Sakura, e esse foi o pior deles. No começo eu me revoltei com Naruto também, achei que ele foi muito grosso, mas, cara, acho que ele foi até delicado demais. Que palhaçada! Sakura merece um soco no meio da testa, isso sim. Qual é, que conversa ridícula, ela parece uma grande interesseira desse jeito. Parece mesmo que ela se sentiu na obrigação de retribuir o sentimento de Naruto, no desespero para fazê-lo feliz (é por ISSO que ela o ama, e não por qualquer outro motivo -_-), e “decidiu” se apaixonar por ele simplesmente porque é o certo a fazer. Ela nem se tocou que gosta dele há muito mais tempo! Isso é simplesmente impossível de acontecer. Acho que o casal está arruinado para sempre. Nunca mais os verei com os mesmos olhos. Essa cena envergonhou até a mim, de tão patética. Coitado do Naruto, ele deve estar bem magoado. Agora é que ele vai correr atrás do Sasuke, mesmo. E só quando ele voltar é que vou ter esperanças de novo, para Naruto e Sakura. Antes disso, vai ficar sempre um clima estranhíssimo entre eles. Que saco. Odeio Masashi Kishimoto. Poderia odiar a Sakura também, mas por algum motivo estranho ainda gosto dela. Deve ser porque gosto de personagens “humanos”, que cometem erros e tal. Se bem que ESSE erro foi foda. Mas tudo bem, é de Naruto que estamos falando, afinal; eu deveria ter esperado nada menos idiota que isso. Acho que supero.

"Emimesmada"



É engraçado notar essa contradição quase proposital entre nosso modo de agir e pensar. Se antes eu reclamava do excesso de rotina, agora me peguei sentindo falta dela, em todos os momentos em que me perdi no vazio temporal deixado pelos dias em que não tive aula...

É bem possível que, de fato, eu goste da rotina, talvez porque ela ao menos me dê alguma orientação sobre o que fazer, e me pressione, quando preciso (e quando não preciso também). Afinal, é bom ter algo fixo em que se embasar, quando se tem uma cabeça confusa como a minha. O tempo em que ela inexiste se prolonga e, proporcional e inversamente, aquele sentimento de responsabilidade vai aos poucos se esvaindo, esvaindo… até não sobrar quase nada, a não ser o sentimento de “acho que eu devia estar estudando agora”. “Mas o que estudar?”, pergunto-me em seguida, e vou fazer outras coisas. Ou, se decido estudar,sinto-me perdida, às vezes até angustiada, mais uma vez metida em um conflito entre minha vontade e minha consciência.

Por que eu andava, até pouco tempo, reclamando da rotina, então? Nem eu sei. É aí que entra aquela contradição que citei há pouco. Talvez todo aquele discurso de “eu quero liberdade” tenha sido, afinal, simplesmente uma maneira de esconder o que eu realmente sou, uma moça certinha e paranóica, que gosta de coisas esquematizadas, em linha reta, de procedimentos desprovidos de inteligência. Eu vivo criando mentiras para esconder o que realmente sou (não que faça propositalmente), e ouso dizer ainda que muitos outros fazem o mesmo, quiçá todos nós. Só queria entender o motivo exato disso, por que sentimos tanto medo de nos expressarmos como realmente somos, por que isso se enraizou tão profundamente em nosso subconsciente (ou seria inconsciente?) a ponto de termos tomado esse escudo como algo tão tácito que deixamos de notar os momentos em que estamos protegidos por ele. Quem sabe, muitas daquelas vezes quando sentimos uma tristeza inexplicável, repentina, seja devido a isso, a essa repressão corrompida, corrosiva, que nos impuseram. Mas quem exatamente nos impôs isso, de qualquer forma?

Nesse sentido (e ao mesmo tempo, “por outro lado”), eu sei que, no fundo, muito do que “sou” é meramente fruto da inveja que sinto das pessoas ao meu redor, embora eu ainda ache “inveja” uma palavra muito forte, até pecaminosa (resquícios da época em que era religiosa?). Sendo ou não inveja, o fato é que eu só sinto o impulso (por vezes, desespero) para estudar quando observo colegas que estudam e noto o resultado que o esforço trouxe para eles. Não só nos estudos, mas em muitos outros aspectos de minha vida também. Com filmes, por exemplo, já que comecei a prestar maior atenção neles depois que me vi rodeada de amigos amantes de cinema. Mas não chega a ser como se tudo em mim fosse artificial. Eu não sei mais, e acho que já falei isso em outra oportunidade, até que ponto faço algo para acompanhar os outros ou pelo simples prazer em fazê-lo. Ando passando por uma fase muito confusa, meio embaçada, e não consigo mais enxergar bem o que passa realmente pela minha cabeça. Costumo pôr a culpa de tudo isso na mudança não-mais-tão-recente-mas-ainda-assim-súbita de... rotina. É. Querendo ou não, ela é uma das bases de nossa vida. Ou apenas da minha, vai saber.

Só existem algumas coisas das quais tenho plena certeza de gostar, além de chocolate. São coisas que sinto meio como “meus gostos puros”, que desenvolvi desde minha infância, época em que não me importava com o que os outros diriam a meu respeito (saudades disso). É uma pena eu não ter desenvolvido habilidades excepcionais em nenhuma delas: ler, escrever, desenhar. Não, eu não digo isso para me fazer de coitadinha e pedir elogios, eu sei que não escrevo tão mal (ou não teria feito este blog), não sou tão ruim de desenho e pelo menos estou me interessando por livros mais produtivos, mas o fato é que nunca me destaquei em nada do que falei. Não sei se isso é algum tipo de sentimento mesquinho e mimado, competitivo mesmo, e gostaria se não fosse, mas, independentemente do que seja, eu constantemente me sinto mal por nunca ter sido “a melhor” em nada, em qualquer lugar em que tenha representado algo. Sempre há alguém melhor que eu. Às vezes meu orgulho me faz, em princípio, desenvolver um rancor quase assassino contra essas pessoas, às vezes não; porém, invariavelmente, sempre que eu levo um “tapa na cara” como esses, minha auto-imagem, a qual demorei tanto tempo para reconstruir, juntando qualquer pedacinho bom ou ao menos apresentável que tenha, por sorte, encontrado, de repente se desmorona por completo, os pedacinhos cuidadosamente reunidos se descolam em uma explosão aquática (porque água? bem, é só a imagem que me veio à mente) e são levados pela correnteza…

(Isso me lembra uma música de Regina Spektor, Ode to Divorce. "So break me to small parts, let go in small doses, spare some for spare parts, there might be some good ones"... Muito boa, por sinal.)

Hoje pensei muito nisso, nessa minha incapacidade e falta completa de talentos, e fiquei bastante atormentada. Mas, por vezes, ficar me torturando com lamúrias finalmente cansa, e foi por isso que decidi tomar alguma atitude séria (embora eu já tenha decidido fazer isso inúmeras vezes). Chega de ficar o tempo todo estudando e esquecendo as coisas que eu realmente gosto de fazer. Eu não escolhi meu curso para ser uma aluna brilhante, até porque em muitos aspectos ele não tem NADA A VER comigo - ou pelo menos é o que venho tentando me convencer. De qualquer forma, o que importa é que não quero ver o tempo passar enquanto eu mofo em cima dos livros e desenvolvo problemas na coluna. Prefiro que isso aconteça enquanto desenho, enquanto escrevo, enquanto leio um livro que não me faça ter vontade de dormir (estou sendo cruel demais com meu curso, assim parece até que o odeio, o que não é verdade), ainda que eu nunca consiga desenhar ou escrever profissionalmente ou ter um gosto excepcional para livros. Só que eu também jamais saberia se eu tenho capacidade para tal se eu nunca tentasse e, portanto, decidi, de novo, correr atrás e recuperar o tempo perdido. É por isso, inclusive, que estou escrevendo de um jeito meio diferente, hoje (espero que não esteja parecendo pomposa ou intelectualóide, não é meu objetivo). Já é para treinar um pouco.

Enfim, falemos de coisas mais felizes e mais descomplicadas. Depois de tomar minha decisão, passei a ler com mais afinco o livro de Francine Prose. Acho que estou indo bem, porque, das duas ou três horas que o peguei para ler, já avancei umas 40 páginas. O livro é realmente muito legal. Os exemplos que a autora dá são totalmente empolgantes, e ela realmente está me fazendo parar para reparar no modo como cada autor escolhe palavras, constrói frases, quebra parágrafos, desenvolve narrativas, apresenta e explora personagens. Acho que, afinal, fiz uma boa escolha quando, num súbito impulso consumista, olhei para a cara do livro na loja, li as orelhas e decidi comprá-lo (foi bem assim, mesmo). Se der para manter meu tempo organizado como está agora, acho que daqui para o fim do ano eu consigo terminar esse livro e ler mais uns dois. Agora eu realmente me empolguei com isso. Estou até voltando a brincar com novas palavras, como a que vi hoje, “ensimesmado”. Palavra engraçada. Já a tinha visto antes, mas foi a primeira vez que procurei seu significado no dicionário. E o mais engraçado de tudo é que, de todas as outras vezes em que tinha me deparado com ela, supus certeiramente seu significado: “voltado para si mesmo”. Fiquei um bocado de tempo pensando na razão para isso, até perceber. Em-si-mesm-ado. Tão interessante! Eu intuitivamente já tinha percebido isso, pelo jeito. Acho que vou usar essa palavra pelo resto da vida. Até porque ela tem tudo a ver comigo - e com este blog também, por sinal.

Para o desconsolo de todos, ainda estou viciada em Naruto (se você não quiser me ouvir falando nisso, pule este parágrafo). Eu estou pirando com o capítulo desta semana, porque vi os spoilers e, finalmente, Sakura chegou. ELA CHEGOU!! Depois de 9 capítulos! Tudo bem que ainda não vai ter a conversa propriamente dita no capítulo dessa semana, mas pelo menos já demos um grande passo. Espero que todas essas semanas de espera não tenham servido para nada. Acho que eu entro em depressão se a conversa dela com Naruto for uma idiotice. Provavelmente vai ser. Melhor eu me preparar.

Também tenho estado muito viciada em Piratas do Caribe, nos últimos dias. Isso porque, finalmente, comprei a trilogia completa, e assisti o terceiro filme, que não tinha visto ainda. Mas o final foi uma decepção imensa. Eu até aceito que Elizabeth fique com Will, apesar de preferir MIL VEZES Jack Sparrow, mas, francamente... DEZ em DEZ anos?! Credo. Os românticos que me perdoem, mas eu fico muito agoniada com isso. Elizabeth, vá atrás do Jack, porra! Que droga. Foi por causa disso que saí procurando na internet por notícias e, como havia imaginado, parece que estão mesmo planejando um quarto filme. Só que Dick Cook, produtor dos filmes, a quem Johnny Depp creditava todo o sucesso de Piratas do Caribe, foi demitido da Disney e, com isso, Depp também anunciou que estava se retirando. Mas que BOSTA. Dizem que ele não pode desistir do quarto filme porque já está com contrato assinado, mas o quinto filme (dizem que haverá até o sexto) já não terá mais Jack Sparrow. Calma, ainda vai piorar. Para substituir Johnny Depp, estão considerando como candidato Robert Pattinson. ROBERT PATTINSON, o BUNDÃO que fez Edward, em Crepúsculo. DÁ PRA ACREDITAR? Johnny Depp, fodão, lindo, fodão, gostoso, fodão, deus grego, fodão, substituído pelo “oi-mecoma-que-eu-sou-gatxinho-tá?” do Robert Pattinson, aquele bocó desprovido de talento E DE BELEZA TAMBÉM. E pior, o que vão fazer com Jack Sparrow para justificar seu sumiço da saga? Vão matá-lo? Puta que pariu, acho que prefiro que o mundo acabe antes disso.

Uau, estou falando muito hoje. Eu estava pensando em falar mais coisas, só que assim ninguém vai ter coragem de ler tudo. Melhor parar por aqui. É que eu me empolgo escrevendo, parece que eu sempre tenho o que falar (basta ver meu twitter). É engraçado, porque eu sou bem calada, na verdade...

A imagem de hoje é apenas o plano de fundo da minha área de trabalho, mas, como falei em Johnny Depp hoje, nada melhor que enfeitar meu blog com ele. Bem, até mais, mosquinhas o/.

Divagando ou enrolando?




Bem, não tinha muito o que postar semana passada, então, como vêem, não postei. Na verdade, eu também não tenho muito o que falar hoje,com o agravante de que meu teclado está quebrado - o espaço não funciona, tenho que escrever tudo junto e separar depois -, mas decidi falar qualquer coisa, pra não deixar o pobre blog abandonado, e também pra fugir dos estudos, não vou nem mentir.

Ando tendo uns dias meio estranhos. Supostamente, estou já enlouquecida com as coisas da universidade, principalmente com Constitucional, só que minha cabeça vive na lua. Sei lá, eu sento pra estudar, organizo tudo, mas não consigo focar. É mais forte que eu, e isso não é uma desculpa. Eu realmente queria conseguir estudar direito, até porque me interesso pelo assunto (ou acho que me interesso), só que tem algum bloqueio mental que não deixa. Eu começo a pensar em qualquer outra coisa - ultimamente tenho refletido muito sobre Uranya -, ou a fazer outra coisa também, tipo desenhar, escutar música, comer (estou uma baleia de gorda, por sinal), ver besteiras na internet, quando estou com o computador por perto - tipo, sei lá, procurar spoilers de Naruto ou checar o orkut. Ultimamente, tenho bancado a twitteira também. O pior é que eu entro nessas distrações sem ao menos perceber... Quando dou por mim, passei meia hora, uma hora fazendo outras coisas, enquanto o livro esperava. Dá uma sensação estranha na cabeça. É como se eu estivesse longe de tudo, sei lá, é esquisito mesmo. Eu geralmente penso em ser metódica, em fazer leituras rápidas, em anotar cada vírgula, etc, quando planejo meus estudos, mas na hora mesmo, é como se... não sei nem explicar. Não é falta de disposição, nem preguiça, juro. É algum parafuso que está faltando na minha cabeça, mesmo.

Nem adianta falar de Naruto. Daqui a pouco completam 10 capítulos sem Sakura. Vai tomar no cu, Kishimoto, sério.Tenho mais o que fazer.

Tipo escrever Uranya. Ou pensar na história, pelo menos. Eu estaria escrevendo agora, se meu teclado não estivesse assim. Escrever no blog ainda dá, porque é uma coisa mais livre, descompromissada, não me preocupo muito se estou escrevendo frases legais, ou escolhendo as palavras certas. Mas escrever uma história é diferente, e com o teclado quebrado é foda. Nem me sugira escrever à mão. Nunca dá certo pra mim, porque eu perco a folha, desisto ou esqueço de passar à limpo. Além disso, escrever à mão demora mais.

Tenho escutado muito o novo CD de Muse também, The Resistance. Cara, dá até vergonha de admitir, principalmente quando eu penso o que certos amigos meus vão pensar quando lerem isso, mas uma das músicas que eu mais estou escutando é a Undisclosed Desires... Eu gosto dela, não sei porque. Antes, era Unnatural Selection, mas abusei um pouco dela. De resto, o CD não é o melhor dos de Muse, certamente, embora haja uma maior porcentagem de músicas boas nele em relação aos outros que conheço. Mas nenhuma delas é excepcional, tipo Supermassive Blackhole, Map of the Problematique, Hysterya, MicroCuts, Bliss, Sunburn, etc. São boazinhas, apenas... Acho que Muse está tentando ficar mais “palatável” para um público maior, já que muita gente gosta deles. Suposição minha.

Também baixei o novo CD de Arctic Monkeys, Humbug. Não terminei de ouvir, mas também não me impressionei muito com ele (eu esperava mais). Sei lá, eu senti falta de mais velocidade na música, ou talvez mais jovialidade, mesmo. Bem, o que me pareceu, pelo menos, foi que a banda “amadureceu” e passou (ou tentou passar) isso pro som deles, e não ficou ruim, mas eu ainda fico com o Favourite Worst Nightmare, que tem músicas totalmente excelentes, como Brianstorm, Teddy Picker (!!!), D is for Dangerous, Balaclava, Fluorescent Adolescent, Old Yellow Bricks e 505.

É, eu queria ter outras coisas pra falar. Se eutivesse terminado pelo menos o Para Ler Como um Escritor, de Francine Prose, ou o Três Dedos, de Rich Koslowski... Se eu tivesse pelo menos tocado no Modotti, de Ángel de la Calle, ou no Aves de Rapina, de Wilbur Smith... enfim, a lista é grande, e o tempo é curto. Espero poder ler tudo isso e muito mais, nas férias.


Pra quem quiser baixar:

Muse - The Resistance (2009)



Arctic Monkeys - Humbug (2009)




That's all. Ah, e não tive muita criatividade para a imagem de hoje, só coloquei a primeira que vi, mesmo, e forcei a barra pra o título do post "combinar". Ridículo, eu sei, fazer o quê.




(con)vivendo e (não) aprendendo


É, eu sei que eu prometi fazer uma descrição "completa" do show de Beirut, mas quer saber? Eu não sei fazer essas coisas. Só posso dizer que achei incrível ver a banda lá, pertinho de mim, tocando as músicas que eu mais gostava, e eu gritando como uma louca, junto com aquela galera toda... A voz dele estava meio diferente, mas eu meio que esperava por isso. Não alterou minha emoção com o show. Eu devo ter ido muito mais pra ver a banda que para escutá-la, mesmo, sei lá.

Outras pessoas se importaram com a voz dele. Como eu sou uma energúmena incompreensiva sem senso crítico e sensibilidade, eu tenho essa mania de ter raiva de quem critica o que gosto. E pra piorar, em vez de esconder isso, eu deixo transparecer. Bravo. Porque eu tenho razão, certo?

Parece até ironia. Semana passada mesmo, eu estava falando aqui justamente no contrário, quando eu criticara algo de que a pessoa com quem eu conversava poderia gostar. Talvez eu tenha sentido na pele o que já sentiram por mim, mas (que novidade) reagi da maneira errada. Típico. Nem sei se eu acredito em quanquer tipo de entidade sobrenatural, mas, se eu acreditar, eu devo estar pensando que isso foi castigo, foi uma sacanagem de alguém lá em cima, ou então foi só minha lição de casa, mesmo. Vai saber.

Acho que é por isso que eu sou anti-social. Quanto menos gente eu conheço, menos chances de fazer merdas como essas. Hoje foi legal, minha MÃE disse que eu era uma imbecil. Perfeito, meu dia.

O mais irritante de tudo é que as merdas que andei fazendo foram merdas que já fiz antes. Quem falou que "quem erra, aprende" era um grande bocó. Nunca vi uma abobrinha tão absurda. Eu só aprendo quando acerto, mesmo. E quando isso envolve conviver com pessoas, aí eu me perco. Quando ofendo alguém, sempre tomo uma atitude superior, do tipo "que besteira, você se ofendeu com isso?", mas espero que as pessoas entendam quando sou eu que estou ofendida, ou simplesmente escondo minha raiva, quando isso acontece. Aí um dia eu deixo escapar e dá nisso, alguém se ofende com minha franqueza (essa história de ser sincero também é papo furado, sinceridade só traz brigas). E recomeça o ciclo. Aí eu fico ruminando no cérebro as besteiras que fiz, por toda a eternidade, e nunca tomo uma atitude correta em relação a elas, nem para prevenir, nem para remediar. Isso é que é atitude. Às vezes eu me sinto como Atlas, segurando o céu com as costas, só que o céu é minha vida, por causa disso, do peso na consciência. O que inclui pesos que eu mesma inventei, sem motivo, só por causa de minhas paranóias. Eu queria ser menos complexada e saber desenrolar as coisas, ou ao menos encará-las com leveza. Me vê um pouquinho menos de orgulho pra concertar as besteiras, também, tô precisando.

Bem, talvez eu só esteja numa onda de azar, mesmo. Acontece.

Maldita lei de Murphy.

Mundo de caixinhas


Tudo bem, eu sei que disse que só postaria aos domingos, mas deu na telha falar aqui hoje o que eu andava pensando há uns 5 minutos atrás.

Essa minha mania de falar o que vem na telha é bem problemática, às vezes... Principalmente quando o que eu falo tem algum conteúdo crítico, e ainda mais quando o objeto da crítica é algo do que meu interlocutor gosta. Acho que acabo sendo cruel. Mas sempre percebo isso só depois de já ter falado, afinal, eu sou aquele típico exemplo de quem fala sem pensar. E o que é mais irônico e paradoxal é que isso acontece com muito mais freqüência justamente no pior dos casos, que é o que já falei: quando critico algo. Acho que isso pode ser justificado pelo fato de que "criticar" é algo meio que novo para mim, daí eu acabo me empolgando quando percebo que "ah! Eu tenho uma opinião a dar!", e me desembesto falando (já falei como eu adoro gírias nordestinas?). Sério, eu realmente penso que seja isso. Já devo ter ofendido alguém com esse vício estranho (mais um pra minha lista).

O que me fez pensar em outras coisas. Eu sempre vinha reclamando que não tinha senso crítico nenhum, e outras pessoas repetiam o mesmo para mim, e acho que, finalmente, desenvolvi algum. Mas não sei mais se eu devo ficar feliz por isso. Por que eu queria criticar as coisas, a propósito? Provavelmente, de início para evitar torrar meu cérebro com coisas ruins demais. Tipo, sei lá, a novela dos Mutantes (perdão a quem gostava). Mas não sei, hoje em dia é como se tivesse algo além disso, como se eu precisasse o tempo todo mostrar a mim mesma o quanto sou capaz de avaliar algo. Talvez seja simplesmente uma forma meio desesperada de tentar me sentir meio que superior, inteligente ao menos. Não que, conscientemente, isso me passe à mente quando critico algo, na verdade a crítica, em alguns aspectos, já me vem naturalmente, e não simplesmente porque eu quero criticar. Só que o que eu venho ponderando é acerca dos benefícios e malefícios que isso trouxe a mim. Por um lado, vem o que é óbvio e já em parte citado, que qualquer pessoa "cult" ou "pseudo-cult" (até pra isso tem rótulo, né...) reitera com paixão, e que acho não ser necessário repetir aqui; mas posso pontuar, à distância, a importância de analisar as coisas e ter opinião própria, etc. Por outro lado, até que ponto isso realmente vai me fazer ter acesso a coisas melhores? Quantas coisas boas, ou quantos bons aspectos de coisas que menosprezo, me passam despercebidas, simplesmente porque não me dou mais ao trabalho de olhá-las? Aliás, alguém me explica o que porra é algo “bom”, porque eu não sei.

O que quero dizer é que criticar, não criticar, pff, tanto faz, isso é só uma parte da história. Acho que, antes, o mais importante é o sentimento que algo traz para nós. Por exemplo, vivo falando sobre o filme "Crepúsculo" com as pessoas, mesmo sabendo que ele faz um sucesso enorme e que há o risco de a pessoa com quem estou falando ter gostado dele, enquanto eu o considerei claramente mal-feito, tosco, ridículo, e o único sentimento que desenvolvi perante ele foi raiva, repulsa. Mas isso não faz dela uma pessoa de “mau gosto”, nem de mim uma pessoa “culta”, e ter gostado do filme não é nenhum sinal de incapacidade intelectual de criticar algo. Tenho certeza de que qualquer um, com ou sem esforço, poderia ver os erros desse filme, como eu, de alguma forma, consegui, mas talvez isso simplesmente não seja o que importa para eles. E o que há de errado nisso?

Não estou falando nada mais que o óbvio. Isso aqui é mais como um desabafo para mim mesma. No fim, até mesmo essa minha busca pela construção de um espírito crítico não passa do velho clichê do “encaixar-me em algum lugar”. Gosto mais de pensar em “encaixotar-me em algum lugar”. Em alguma dessas caixinhas que estão por aí. Emos. Metaleiros. Surfistas. Patricinhas. Nerds. Cults. Pseudo-cults. É tudo farinha do mesmo saco. Há até aqueles que dizem “abstenho-me de rótulos” e vão viver a vida... indie... deles por aí. Não adianta. Sempre tem alguma caixinha pra entrar. As pessoas sempre vão TE encaixar em uma delas, nem que você não queira. Cansei de ouvir que pareço uma emo. Ou que sou nerd. Já até me chamaram de cult, embora eu seja muito mais puxada para o pseudo-cult. Nem sequer sei se as coisas que leio e assisto são lidas e assistidas pelo simples fato de que gosto dela ou porque eu estou tentando tirar delas algum proveito, algum aprendizado de mude meu comportamento e minha imagem perante outras pessoas. Será que gosto mesmo do que “gosto”? Mas por que eu gosto? Como eu poderia sequer falar que não gosto de rótulos, se estou constantemente pensando se aparento pertencer a um do qual não goste?

Acho que estou bêbada. De sono mesmo, certamente.

A imagem de hoje veio novamente do Mostra al Grand.


(Eu devia parar de escrever esses textos estranhos. Ou, pelo menos, não mostrá-los a ninguém.)

Rotina...


... me deixa tão cansada. Tão entediada. Não importa quão pouco tempo eu tenha entrado nela, ou que eu a tenha quebrado com três semanas de férias, tudo parece tão repetitivo, tão mecânico, que basta uma semanazinha e eu já tenho vontade de gritar com toda minha força: Eu quero liberdade!


Fui para a universidade, como sempre (é, já não é mais novidade, que pena), conheci novos, e bons, professores. Mas logo me acostumarei com eles, e eles perderão a graça. Fiz tudo o que eu sempre faço nas sextas-feiras. Tive consulta, li o capítulo da semana de Naruto, fui ao shopping tomar um café com minha mãe (veja só como a gente chama esse hábito: "bater o ponto"...). Amanhã, talvez eu vá novamente ao boliche com o pessoal da universidade, ou talvez eu vá a uma feira japonesa com outros amigos, amanhã ou domingo. O boliche, pelo que vejo, vai virar "tradição" da minha turma. E eu costumo ir na tal feira japonesa, quase todo ano. Não é que não seja divertido. Felizmente, as pessoas não costumam seguir um padrão, se é que me entendem. Mas dá vontade de fazer algo diferente. Realmente diferente. Algo que eu nunca tenha feito antes, e que eu só faça uma vez na vida. É sempre assim. A primeira vez que fazemos algo novo sempre tem aquela magia (odeio essa palavra, mas vá lá) estranha, aquele friozinho na barriga, às vezes até uma sensação de aventura, aquele medinho de ferrar tudo na hora. É tão gostoso. Não é a mesma coisa quando tentamos pela segunda vez. Nunca é. O que me faz lembrar de um comentário de um professor que tive, semestre passado. Ele indagava a turma sobre quem já tinha assistido "2001: Uma Odisséia no Espaço". Diante daquele silêncio apático de todos, ele respondeu "Tenho inveja de vocês". E continuou, ao perceber nossa expressão de estranheza, com aquele sorrisinho, no canto da boca, típico de quem sabe que está dizendo uma frase foda: "vocês ainda podem se impressionar com esse filme. Por mais que eu assista várias vezes, nunca mais terei a mesma reação que tive na primeira vez que assisti. É sempre uma visão diferente, mas o sentimento nunca mais será tão forte". Algo assim, né. A frase não era dele, era de alguém que lhe tinha falado antes, mas tanto faz. Não importa quem criou a frase, o que importa é que eu a conheci. E, certamente, jamais esquecerei.


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A Preguiça: Parte II


Não vou estudar hoje. Dane-se. Andei vendo umas imagens, naquele mesmo blog de onde tirei a imagem de antes de ontem, e ele me inspirou tanto para escrever, quanto para desenhar. E é isso que vou fazer. Daqui a pouco, não vou mais ter tempo de fazer isso, embora o intervalo das 18 às 19h seja sagrado, para mim; é meu horário de descanso-sem-culpa. Vou tentar fazer isso aos domingos, também. Portanto, já está dado o recado: de agora em diante, só postarei aqui aos domingos. (Não que alguém se interesse por isso, ninguém sabe que esse blog existe, mesmo.) Nunca soube como algumas pessoas conseguem fazer isso, digo, deixar o domingo sempre livre, sem se prejudicar. Mas não vou ficar estudando que nem uma maluca até morrer com mofo no cérebro. Digo de novo: D-A-N-E—S-E. Eu vou dar um jeito, nem que eu tenha que passar todas as noites em claro o resto da semana. Acho que eu agüento o tranco. Bem, depois de ter escrito mais de 20 páginas, sozinha, de um trabalho de Sociologia, e de tê-lo apresentado satisfatoriamente, também sozinha, acho que passei a confiar mais em minha capacidade. Só espero que eu não esteja me iludindo. Bem, se for isso, fazer o quê.


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Sobre Naruto

Como previsto, Naruto foi uma decepção. Não agüento mais aquela luta tosca de Sasuke VS. Raikage. Negócio chato. Principalmente por causa do Sasuke. Eu até gostava dele antes, mas agora ele anda um saco. Queria tanto que ele se estrubicasse nessa batalha. Mas é improvável. Sasuke é Overpower, é o personagem mais apelão da história, não vai perder assim. E que conversa é aquela entre Naruto e Madara? Que história tosca, essa do antepassado dos ninjas cujos dois filhos deram origem a clãs destinados a batalhar para sempre, blábláblá. E que coisa forçada, dizer que Naruto descende dos Senju. E essa obsessão da história pela busca da paz dá nos nervos. Eu até não ligo que o Naruto queira isso, é bem do perfil dele pensar coisas inocentes. Chega a ser fofo (já contei o quando eu adoro o Narutinho?). Mas todo mundo, do nada, parece pensar nisso, quando pouco se falava no assunto, antes da batalha contra Pein. Eu gostava mais da história quando ela era menos complexa e menos metida a filosófica. Nos últimos tempos, têm surgido cada vez mais “revelações”, uma atrás da outra. A história está se desvirtuando. Até esse lance, agora, de Konoha ter de lidar com Sasuke (leia-se, matá-lo), distorceu as coisas.

Eu espero que, em algum momento, sejam resgatadas coisas do passado, ou então vai ficar estranho, vai virar uma história diferente. Por exemplo, eu adorei o capítulo em que Naruto, após ter derrotado Pein e salvado a vila inteira (e ter feito ressuscitar quem tinha morrido. -_-‘), é recebido por todos da vila como um herói, e são mostradas as cenas do comecinho da história, em que ele falava do seu sonho de fazer com que todos o reconhecessem, etc. Bem, eu gostei. Sem falar no abraço que Sakura dá nele ;). A propósito, só um comentário: essa foi a prova, para quem ainda insiste em acreditar em Naruto e Hinata (disse apenas acreditar, não simplesmente gostar), de que a tampa da panela dele, a outra metade da laranja, a azeitona da empadinha, o chinelo velho pro pé cansado do Naruto (como eu gosto de usar essas expressões!) sempre foi a Sakura. Primeiro, porque acontece logo depois de mostrar um quadro onde ela (Hinata) aparece, chorando. Segundo, porque Naruto nem procura por ela (que, cof cof, salvou a vida dele na batalha em que também se declarou) na multidão , mas logo percebe Sakura (bem, tá certo, foi ela que veio em direção a Naruto, mas Hinata também estava por perto). Depois, vale lembrar que para nós, ocidentais, um abraço nem significa tanto. Mas com os japoneses é diferente. Lembrem-se que, lá, a novidade que a “nova geração” (dos que são “bem-comportados", né) trouxe para os namoros foi segurar as mãos em público. Eu li uma vez que, lá, essa foi a prova de que Naruto tinha dona. Pode ser só boato, mas eu quero acreditar nele.

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Coisas avulsas e supérfluas


- Decidi começar de novo uma dieta. Ser gorda cansa. Eu sinto o tempo todo papadas em meu rosto, e pessoas olhando pra elas, sinto minha barriga mole aparecer mesmo quando uso batinhas, percebi que estou usando tamanho 42 (às vezes 44), e que algumas calças que até três semanas cabiam em mim já não cabem mais. Agora é sério. Vou perder dez quilos de uma vez, e não vou tornar a ganhá-los, nunca mais.

- O livro de Francine Prose continua me surpreendendo. Mas não confio em meu senso crítico. De qualquer forma, estou aprendendo algumas coisas. Senti até que, hoje, meu estilo de escrita estava um pouco diferente. Sério. Efeito Placebo foda.

- Corto ou não corto? Eis a questão. Não agüento mais meu cabelo, está chegando na metade das costas, mas está quebrado e seco, horrível, e caindo aos tufos. Ainda assim,me dizem que fico melhor de cabelo comprido, mesmo. É verdade,uma vez cortei bem curto, acima do ombro, e ficou ridículo. Cada detalhe de tortura de meu rosto pareceu se multiplicar por, tipo, 1.000.000. Ainda assim, de vez em quando penso em cortar. “Talvez se eu fizer um corte diferente daquele...”, penso. Uma vez eu li em um blog que a relação da mulher com seu cabelo parece ser a única coisa de duradoura que ela sente ter em sua vida, por isso o receio em cortar. Deve ser isso o que vem acontecendo comigo.

- A imagem de hoje veio, de novo, do “Una mostra al grand”. A arte é de Nicolás Uribe. Achei que tinha tudo a ver com o clima e com o post de hoje.

- Percebam que Naruto, de novo, acabou ocupando a maior parte do espaço do post. Qual é meu problema?

- Eu devia mudar o nome do blog para "O Mosqueiro". Acho que vou fazer isso.

Direito Romano e a Preguiça


# Já foi cientificamente comprovado que a preguiça mata? Eu já devo ter morrido, então.
# Não tem como um ser humano se empolgar estudando Direito Romano. Aliás, foi só eu começar a estudar que passou a sensação de tédio extemo de ontem. Eu quero jogar, quero ver um filme, quero desenhar, quero escrever, quero ler. É, tudo ao mesmo tempo. Acho que vou tentar estudar nas próximas férias. Aí eu vou ter vontade, constantemente, de fazer algo.
# De qualquer forma, enquanto eu enrolava vendo qualquer besteira na internet, fui ver como estava meu perfil na Last.fm e acabei visitando a página de Epica, porque percebi uma nova foto. Puta merda, odeio a Simone Simons. Ela é bonita demais. Ela está muito, MUITO linda nessa foto. Não vou postá-la aqui porque eu posso entrar em depressão. Acho que aquela vai ser a foto principal da banda, na Last.fm, para o resto da eternidade. Até eu fiquei babando com ela (imagino qual teria sido minha reação se eu fosse um cara). Ok, podem me criticar dizendo que a beleza de Simone é convencional demais (já ouvi muito isso, e concordo), mas eu gosto de coisas convencionais, mesmo, fazer o quê. Embora eu também me encante com outros tipos de beleza, como a de Regina Spektor. Eu, pelo menos, acho-a linda. Já mencionei o quanto mulheres fodas me fazem me sentir um lixo?
# Por sinal, hoje uma de minhas amigas da universidade postou, no orkut, as fotos de nossa tarde no boliche. Puta que pariu, como eu sou gorda. Como eu sou desengonçada. Odeio fotos. Odeio MUITO fotos. (Isso me faz lembrar novamente da foto de Simone Simons, o que me faz odiar ainda mais fotos...)
# De qualquer forma, depois que eu vi a tal foto de Epica, comecei a escutar a banda, o que eu nunca mais tinha feito. Ainda estou ouvindo, agora. Acho que estou voltando a escutar músicas como antes. Há exatamente um ano, desenvolvi um vício incontrolável por música. Todos os dias, entre as 13 e as 14h (o horário em que eu me permitia usar o computador,antes de voltar a estudar para o vestibular), eu baixava um álbum de alguma nova banda/cantor. Claro, baixei muita coisa tosca também, mas conheci muitas bandas legais. Acho que foi justamente nessa época que eu conheci Beirut, Muse e Regina Spektor, três de minhas bandas/cantores preferidos. Já contei que estou contando os dias pra o show de Beirut? Rs. Só que, desde quando começaram as aulas na universidade, eu parei de escutar música com a freqüência que eu escutava. Acho que é porque tive dificuldades de ler enquanto ouvia algo. Costumava fazer isso enquanto eu estudava as Exatas em geral. Mas não dá pra me concentrar muito num texto, com uma música no fundo. Embora nos últimos dias eu tenha desenvolvido um pouco essa habilidade. Enfim.
# Já devem ter percebido que o post de hoje é simplesmente uma desculpa para não estudar. Não tem jeito mesmo, eu tenho espírito preguiçoso. Eu só faço as coisas sob pressão. Yuck. Falar isso me faz ter raiva de mim mesma. Acho que o peso na consciência vai falar mais alto, daqui a pouco. Ou não.
# Acho que eu descobri o que me fez engordar 5Kg nos últimos dois meses. Foi a preguiça de estudar. Sério, comer é a única coisa que não me dá peso na consciência de fazer, quando eu quero enrolar nos estudos. Nossa, de verdade, eu não mereço as notas que eu recebo. Não mesmo. Os professores devem ir com minha cara. Sei lá.
# Eu acho que, no último post, cheguei a dizer que meu vício por Naruto e Sakura tinha se amenizado. Pffft. Bobagem. Hoje eu já estava novamente procurando por fanarts. Qual é meu problema, afinal? Eu até queria NÃO falar neles, porque é vergonhoso, mas, vejam bem, eu me contenho pra não falar neles o tempo inteiro. E este é meu blog, afinal. E é um alívio poder falar sobre o que eu quiser, mesmo que ninguém leia. Pronto, resolvida a questão, rs. Eu nem estou mais esperando pelo capítulo dessa semana. Já aguardo pelo da semana que vem. Nessa semana, eu sei que a Sakura não vai aparecer, de novo. Argh, acho que é essa espera que acaba comigo. Eu fico o tempo todo imaginando o que pode acontecer no próximo capítulo (Kishimoto, pelo amor de Deus, seja bonzinho comigo...). Não é possível, NÃO É POSSÍVEL que não aconteça NADA na conversa dos dois (digo, Naruto e Sakura), depois desse tempo todo que esse filho-da-mãe do autor me fez esperar. Se ele fez suspense, é porquealgo grande vai acontecer. Ai dele se não acontecer.
# Estou meio agoniada com Uranya, nos últimos dias... Não está saindo um texto legal. Por sinal, nunca gosto dos meus textos. Há algo de errado neles. Eles sempre me parecem secos, distantes, sei lá. Sério, eu não tenho como julgar o que eu escrevo. Pra mim, é sempre ruim. O que me deixa muito frustrada, porque eu não vejo nenhum dos meus planos se encaminhar. Eu não consigo mais desenhar nada que preste, e não tenho tempo nem pra entrar num curso. Escrevo estranho e não tenho inspiração, e também não tenho tempo de ler nada. Se eu pelo menos pudesse escrever um livro antes de me tornar quadrinista (são meus planos), eu teria esperanças (afinal, sempre tive mais facilidade para escrever que para desenhar), e eu pretendia terminar Uranya até o fim de 2011, mas acho que nem isso eu tenho capacidade de fazer. Teria mais esperanças se eu soubesse de algum cara fodão que também tenha fraquejado como eu. (Que coisa estranha e covarde de se dizer...)
# Não tenho certeza de onde eu peguei a imagem de hoje. Gosto dela. Já mencionei o quanto eu gosto de vermelho? E o contraste dele com o rosto branco da garota chama muito meus olhos. Aliás, achei que o rosto dela parecia uma máscara de Nô. Há algo de macabro nela, também. Deve ser o cabelo. Não sei se alguém mais sente isso, mas essa expressão dela é, para mim, indecifrável. Pode ser tristeza, pode ser um ar de superioridade, mas eu gosto de imaginar que é porque ela está concentrada. Isso porque, por algum motivo, eu sempre achei que ela estivesse dançando, nessa cena. Enfim.
(Eu tenho este dvd. lol)

Procura-se novos vícios.


Não sei se esse novo template, azul, vai ser definitivo. Eu tinha posto um diferente, com uma bonequinha, mas achei que as pessoas não levariam meu blog a sério, com aquilo. (Agora, não me pergunte por que eu quero que levem meu blog a sério, nem eu sei.) Não gostei tanto dele, os desenhos e a combinação de cores me lembram praia e surfistas, e não gosto dessas coisas... Tanto faz, é só um template, mesmo. No dia em que eu achar um perfeito, mudarei. É, comigo as coisas são sempre assim. Se não é perfeito, não presta. E tenho dito.


Hoje tive aula, fazer o quê. De volta à realidade. Conheci duas novas professoras: uma cuja aula parece uma canção de ninar, e outra cuja aula parece um filme de terror. E [ironia]olha só que coisa mais feliz[/ironia], amanhã já começo a estudar, pra adiantar as coisas, aproveitando que não vai ter aula. Eu quero fazer o que eu puder antes da data prevista, pra não acumular nada. Pelo amor de Deus, eu quero ter uma vida no fim do semestre... -_-.


Falando em vida, hoje saí com um pessoal da minha turma, para o boliche. Céus, eu sou terrível naquilo. Comecei até bem, derrubando sempre quase todos. Depois escorreguei e caí no meio da pista (meu pé está inchado e dolorido até agora). No fim da segunda partida, não adiantava o jeito que eu jogasse a bola: ela sempre ia para o cantinho. Dane-se. Nunca fui boa em esporte nenhum, mesmo.


Não estou com tanta inspiração do que falar hoje. Naruto me deixou frustrada, novamente, depois que eu vi os spoilers do capítulo dessa semana. Não é nenhuma novidade. Tentei também jogar Black & White agora há pouco, mas enjoei logo. Criatura burra. Ela deu para ficar dando voltas e voltas em torno da creche, e fica roubando os brinquedos das crianças pra levar pro templo. Eu nem sei se eu tenho que bater na coitada ou se aquilo é bug do jogo, mesmo.


E agora, aqui estou eu, sem nada pra fazer e sem vontade de fazer qualquer coisa, e ainda com dor de cabeça. Odeio esse tipo de sensação. Eu queria fazer alguma coisa, mas nada me desperta o interesse. Geralmente isso é sinal de que eu quero conversar com alguém, mas nem isso eu quero. Claro, sempre há a possibilidade de eu estar dramatizando... Eu posso estar apenas cansada. Mas eu não quero dormir, que coisa inútil. (Até porque eu planejo estudar amanhã de manhã.)


Pensando melhor, acho que há uma única coisa que eu tenho vontade de fazer agora. Eu quero jogar The Sims 2! Sério. Acho que já viciei naquilo, e só joguei uma vez. Eu estou louca para criar novos rostos e novas casas. Será que dá pra baixar isso na internet? Hmm...


É, pelo jeito até meu vício em Naruto e Sakura se amenizou um pouco. É bom, mas é triste. Eu gosto de pensar neles dois. Mas como Kishimoto anda enrolando há 4 semanas, minha gasolina vem esgotando. Eu tenho mais esperanças para o capítulo da semana que vem, se o autor não decidir se focar inteiramente no Sasuke, de novo...
Eu tenho raiva desse jeito com que eu vicio tão facilmente em certos assuntos. Um amigo uma vez me disse que é porque eu costumo mergulhar de cabeça nas coisas, e acabo tendo dificuldade de sair, depois. Ele estava certo. Acho que nunca falaram nada tão certo a meu respeito. Não sei se alguém mais tem esse meu problema, então pode ser que não me entendam. Bem. Por isso este blog tem o nome que tem. De qualquer forma, não é que eu não goste de estar viciada... pelo contrário, eu simplesmente adoro. Quando eu era pequena, não me importava de passar o dia inteiro pensando em Harry Potter, por exemplo. É como se eu tivesse mesmo que ter alguma coisa em que pensar constantemente. Ou então eu fico assim, como estou agora. Apática. Se isso durar muito, vou começar a me sentir triste, e assim por diante. Pelo contrário, quando eu tenho no que pensar, isso dificilmente acontece. Mesmo quando não há muito o que fazer, eu me satisfaço matando meu tempo apenas divagando... Deve ser por isso que eu tenho problemas mentais. Eu fico sempre trucidando meu cérebro pensando em coisas banais demais. Se eu me viciasse em alguma coisa totalmente boa, eu ficaria calada. Mas peguemos Naruto, por exemplo. Eu tenho senso crítico o suficiente para saber que a história tem diversas falhas (ou talvez não falhas, mas... coisas que poderiam ser descartadas, ou acontecer de uma foma melhor, enfim). Mas eu acho que é justamente por causa disso que eu me vicio. Porque minha imaginação fca o tempo todo trabalhando em como as coisas poderiam acontecer para que se tornassem melhores. Foi assim quando eu viciei também em Crepúsculo, em Harry Potter, em Ouran High School Host Club, em Hoshi wa Utau, em Fruits Basket, em InuYasha, em Beyblade (dá um tempo, eu tinha 12 anos...), cada um em sua época. Naruto foi o único dos meus vícios, até agora, que retornou, depois de ter permanecido cerca de um ou dois anos em estado de "latência" (?). Aliás, acho que nem é a primeira vez que ele "retornou". Mas não vou ficar aqui dando detalhes de como evoluiu meu vício.
A propósito, a imagem de hoje foi tirada de um certo blog que tem várias imagens fodas. Nem tive tempo de ver todas. Eu inclusive copiei a garota, mas ela ficou meio diferente. Os traços dela ficaram mais delicados (sempre acabo desenhando pessoas delicadas demais). Ainda prefiro a original, claro. Embora eu não goste dessa fumaça de caveira e das mini-caveiras ao redor dela (embora elas sejam bonitinhas...). Parece tanto uma campanha anti-cigarro (e talvez seja)... Não que eu seja fumante, odeio cigarros, mas não gosto de coisas do tipo "quero mostrar que sou politicamente correto". Blergh.
Por hoje, é só.

Mas é rosa!

Eu havia posto este template (que não é mais o atual) no blog porque foi o mais próximo do vermelho que eu encontrei. Depois que reparei que o fundo dele é rosa-chiclete. Bem, o rosa está contra os meus princípios, eu deveria mudar. Mas não consegui encontrar uma maneira de colocar um template diferente dos default, então vai ficar esse mesmo. Rosa. Yuuck. Mas tudo bem, rosa nem sempre é nojento, desde que seja bem utilizado. Vou dar um jeito de dar a entender que esse blog é rosa por ser psicodélico (?), e não por ser um blog paty (são os dois sentidos de rosa que entendo). Talvez se eu deixasse as cores mais berrantes, ajudasse a dar o primeiro sentido. Brincadeira. Ou não! Fiquei feliz quando descobri que dá pra mudar as cores. Acho que eu vou fazer tudo colorido, verde, vermelho, azul, até mesmo rosa... só não amarelo. Amarelo só fica legal em alguns carros. E em algumas pessoas, e casas.

Enfim, no final, não tive aula hoje. O professor não veio. Devia ter esperado isso. Acabei indo para a casa de uma amiga, e joguei The Sims 2. É tão divertido montar aqueles rostos e construir casinhas x]. Nem gosto muito de controlar as famílias depois, a não ser para matar eles. Gosto mais de jogar Black & White, é mais interessante. A porcaria de minha criatura é muito burra, mas eu ainda vou ensinar as coisas direitinho a ela... lembro de um jogo em que ela ficou tão pura e tão boa que ficou branca. Quando ela andava, saia glíter (sério). O orgulho da mamãe. Bem, aí eu perdi o jogo. Eu também queria montar um jogo em que meu deus fosse mau, mas eu nunca consigo! Não sei o que eu tenho que fazer pra ficar demoníaco, sinceramente. Já mandei até a população procriar hiperativamente para servir de banquete para minha criatura, mas ainda assim, parece que sou boa. Já brinquei também de jogar pessoas por aí e afogá-las, mas também não dá certo. Acho que eu sou boa demais, right deep in my heart :'(.

Andei lendo, hoje, o livro Para ler como um escritor, de Francine Prose. Não li o suficiente para dar alguma opinião crítica, mas hoje eu levei um tapa na cara por causa dele. Deve ser sinal de que o livro é bom, então fica como indicação pra quem se interessar. Ele serve não só para quem realmente deseja ser um escritor, mas também ensina a fazer uma leitura atenta, e possivelmente crítica, de obras literárias. Claro, ele se torna mais útil à medida em que lemos outros livros, depois de lê-lo (já está no título dele, dã). Estou ainda no primeiro capítulo, que trata das palavras, mas já aprendi algumas coisas interessantes. Vão me ajudar a amadurecer meu estilo de escrita em Uranya, a história que venho escrevendo há um tempo. Eu a postava, antes, no orkut, em forma de fanfic U.A. de Naruto e Sakura (eu usava, por algum motivo, o pseudônimo Isadora Nogueira), mas decidi fazer minha própria história, com meus próprios personagens, apesar de eu ter alguma dificuldade em relação ao personagem antes representado por Naruto. Masashi Kishimoto que me perdoe, mas meu personagem vai acabar ficando muito parecido com o Naruto, mesmo. Só que ele vai ser o Naruto do meu jeito (não entendeu? Problema seu...). Eu queria ter lido mais do livro de Prose esta tarde, estava nos meus planos, mas eu estava lendo deitada e, bem, dormi por duas horas, e depois perdi a vontade de ler. Acho que vou ver algum filme daqui a pouco. Talvez Um Sonho Americano ou então Os Sonhadores. Ou pode ser que eu encontre ânimo para voltar a ler, quem sabe para escrever.
Nos últimos dias, Uranya vem servindo como cano de escape para minha frustração viciosa com Naruto e Sakura. Aliás, para quem não os conhece (isso é possível?), eles estão na imagem do começo deste post. Logicamente, é um fanart. Encontrei-o no DeviantArt, na página de uma tal ladygt93. Gosto dela. Ela consegue fazer um traço bem parecido com o original (principalmente nos últimos desenhos), e desenha fanzines NaruSaku. Aí eu torro meu cérebro com muita satisfação enquanto eu vejo e revejo as imagens. Céus, como eu sou inútil. Eu sou um daqueles típicos exemplos de quem não vai trazer nada de melhor para a humanidade. Foda-se.
Falando em torrar coisas, eu estou quase sem dinheiro, por causa da Comic House, a loja em que compro quadrinhos. Em agosto, comprei Estigmas, de Lorenzo Mattotti e Claudio Piersanti, e Modotti, de Ángel de la Calle. Semana passada, comprei ainda Três Dedos: um escândalo animado, de Rich Koslowski. Li o primeiro deles (que é fantástico), mas ainda estou com preguiça de ler o segundo. Não ando muito para biografias, nesses dias, mesmo em quadrinhos. Comecei a ler o terceiro deles, e ele me pareceu também muitíssimo interessante. A idéia geral lembra aquele filme antigo, cujo nome não me lembro, no qual seres humanos convivem com os desenhos animados (não, não é aquele do jogador de basquete que vai para o mundo do Pernalonga). Só que a história é um pouco mais "séria". Acho que alguns pontos dela são verdade, inclusive, e outros personagens são claras paródias de outros que conhecemos (reais ou não: Rickey Rat, por exemplo, cuja vida foi destruída por Desmond Walters - conhecido como "Dizzy" Walters)... enfim. A arte dele também é bem interessante. Gosto de umas páginas em que o personagem que dá depoimento aparece pelo mesmo ângulo em quadrinhos idênticos, às vezes repetindo imagens, às vezes mudando um pouco a expressão facial, enquanto fala. Gostei mesmo. E é tudo feito como se fosse uma coleta de informações. Algo como uma reportagem de televisão ou de jornal, só que feita em quadrinhos. Já o álbum Estigmas não merece um comentário de uma pessoa medíocre como eu. A arte é suja, rabiscada, mas todos os quadros poderiam ser um quadro sozinho, independente dos outros. Não sei como Mattotti faz isso. Virei fã dele, depois que li o álbum. Quero ler/ver outras coisas dele. Bem, eu já planejava morar na Itália um dia. Agora eu tenho alguém para conhecer lá. Mas voltando ao Estigmas, a história também é bem suja, de início, da mesma forma que a arte. O personagem principal sofre bastante, nem é muito flor que se cheire, e tem os estigmas de Cristo nas mãos, a causa de tudo o que acontece na história. Depois de um momento totalmente abstrato, com quadros tão enigmáticos quanto bonitos, a história dá uma virada. Mas acho melhor não comentar tanto do enredo, pode ser que alguém ainda não tenha lido... De qualquer forma, eu recomendo. Ou melhor, eu ordeno que leiam. Odeio dizer isso, parece uma frase muito "oe, sou cultx", mas eu falo sério quando digo que Estigmas é uma obra de arte. Hã, digo, qualquer quadrinho é uma obra de arte. Mas esta é uma suprema obra de arte. Ah, vocês entenderam.
É, acho que acabou o assunto, por hoje. Até a próxima, fantasmas o/
Deixo abaixo uma animação curta bonitinha, pra quem gostar. Tenho que deixar apenas o link, porque não tenho capacidade mental para colocar a janelinha do vídeo. Foi mal, né. (Aliás, porque essa porra não deixa os parágrafos separados por uma linha, como eu faço quando escrevo? Fica horrível de ler, com esses parágrafos colados).

Mais um primeiro post... talvez o último, de novo. (O Recanto do Pseudo-Cultismo)

Já estou meio cansada de tentar começar novos blogs. Quando eu tinha lá meus 13 anos, criei pelo menos uns 15, cada um mais esquisito que o outro. Quem sabe esse venha a ser o mais estranho de todos.

Nem sei exatamente o que eu vou colocar aqui. Talvez alguns vídeos legais, talvez alguma boa indicação de filme, ou de livros, quadrinhos, enfim. Pensei até em batizar o blog de "Recanto do Pseudo-Cultismo", mas acho que nem pseudo cult eu sou. Porque estou falando nisso?


Dia 18 deste mês irei para Recife, para assistir o show de Beirut. Nossa! É um sonho realizado! Nunca eu imaginaria que teria um oportunidade dessas. Pretendo colocar aqui, depois, toda a descrição do show. Acho que eu vou chorar nesse dia. Mal consigo conter a emoção.
Só não estou mais feliz porque as aulas na universidade recomeçam amanhã. Puta que pariu, isso é uma merda tão grande. Só tive três semanas de férias! Três semanas! Depois de ter quase morrido com o fim do semestre... Mas enfim, isso deve ser drama de bola. É assim com todo mundo, mesmo. Infelizmente. Ainda assim, que bosta.

Durante essas férias, assiti muito filmes fodões, que marcaram essa minha vidinha besta. Queria ter tido menos preguiça e ter visto alguns mais. Eu sempre fui meio noob com essas coisas de filmes, nos últimos dias é que venho me metendo a cinéfila... aliás, tenho minha primeira boa indicação a fazer, o fórum F.A.R.R.A.. Baixei muitos filmes excelentes nesse site, como Babel (que eu ainda não tinha visto), Waking Life e Correndo com Tesouras. Também dá pra baixar quadrinhos por ele. Estou tendo que passar meus arquivos para CD agora, porque devorei todo o espaço disponível do computador com essas coisas...
De qualquer forma, há uma animação em curta-metragem que eu adoraria indicar a todos. O nome original parece ser Tsumiki no ie, mas eu baixei a versão francesa, de nome La Maison en Petits Cubes (algo como "A Casa de Pequenos Blocos"). Não sei exatamente qual a nacionalidade dele, penso ser japonesa, já que todos os colaboradores são japoneses, mas uma amiga me disse que a produção é francesa. Quem for mais curioso, pesquise, eu não tenho paciência. Só sei que é simplesmente lindo! Assisti quatro vezes, e chorei como uma criança em todas elas. É um filme brilhante, muito tocante e singelo. É muito triste também, mas há algo também de feliz no clima nostálgico que ele passa... Enfim, eis minha primeira postagem nesse blog, cuja duração é duvidosa. O link veio deste blog.



video: xvid ~1000kbps
tamanho: 94.2 mb
duração: 12:5

A imagem que está no começo desse post é do filme. Eu a teria colocado mais embaixo, se eu tivesse capacidade mental para isso. Enfim. Prossigamos. (?)
Fora os filmes, nos últimos dias eu tenho andado muito viciada em Naruto. Sinceramente, isso é uma merda. Eu achei que tinha me livrado do vício, mas é só o autor me dar um mínimo de esperança para pensar que Sakura e Naruto ficarão juntos, e eu começo a ler hiperativamente. Houve uma época em que até fanfics eu escrevia, há uns dois anos. Não que eu não tenha vontade de fazer isso agora, mas eu sei que se reforçaria o vício e, se isso acontecesse, eu estaria totalmente f*dida, já que agora o tempo apertou, com a universidade... Em vez disso, fico relendo e relendo capítulos, como o 457, 458, 459, o 297 (sempre meu preferido)... não satisfeita, procuro por fanarts e fanfics, ou ainda discussões. Só que é frustrante, porque pouca gente gosta do casal como eu! A maior parte das pessoas torce por Naruto e Hinata. Que se f*da a Hinata! Não sei porque ela faz tanto sucesso por aqui, acho ela bem podre. Não que Sakura seja o máximo, mas eu amo o Naruto, e se ele gosta dela, então eu posso gostar dela, só por causa ele... ç_ç
Ah, eu mesma já fui SasuSaku e NaruHina, quando comecei a assistir o anime. Mas quando comecei a ler o Shippuuden, mudei totalmente de idéia. Não há casal mais certo na história que Naruto e Sakura (ou pelo menos é assim que quero acreditar). Desde o começo da história o autor vem dando dicas. Eu só queria uma cena realmente romântica entre eles... mas acho difícil. No máximo, eles vão segurar as mãos, e olhe lá. Isso é tão frustrante. Eu poderia escrever pra o Masashi Kishimoto com todas as milhares de cenas que já se passaram por minha cabeça, e pedir, implorar, pra que ele goste e use alguma delas. Acho que eu vou entrar em depressão se eles ficarem juntos de um jeito tosco. É, odeio ter que admitir isso, mas acho que sou mesmo romântica, e do pior tipo possível.
Mas eu quero pensar em outras coisas também. Dá muito peso na consciência saber que eu ando torrando meu cérebro com Naruto, quando há tantas outras coisas melhores pra fazer e conhecer. Por exemplo, eu não li quase nada nessas férias, por mais que haja uma pilha de livros me esperando. Não me veio o ânimo. Talvez tivesse vindo se eu não estivesse o tempo todo pensando em Naruto e Sakura.
Ha, esse post já está longo demais. Acho que ninguém vai ler isso. Deixa pra próxima. Se é que ela existirá...

O Mosqueiro

Alguns comentários desinteressantes sobre uma vida sem-graça e totalmente repetitiva.